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A Food And Drug Administration (FDA), principal agência reguladora de medicamentos do mundo, com sede nos Estados Unidos, concedeu aprovação para o medicamento Keytruda como tratamento contra alguns tipos de câncer em estágio avançado. Comercializado pela Merck Sharp and Dohme (MSD), o Keytruda já havia recebido a mesma atestação da European Medicines Agency (EMA), reguladora dos medicamentos comercializados na Europa. Para isso, o medicamento, que tem o pembrolizumab como substância ativa, passou por uma bateria de testes que comprovaram a sua eficácia para imunoterapia contra o câncer. O anticorpo de origem humana foi destinado ao tratamento de melanoma, câncer de pulmão, câncer de cabeça e pescoço, linfoma de Hodgkin e câncer de estômago.

Para câncer de pele, o Keytruda é utilizado para retardar o agravamento do melanoma. A comprovação veio em um estudo com 540 pacientes previamente tratados: após dois anos do início do tratamento, o Keytruda melhorou a sobrevida de 16% dos pacientes, um grande número em comparação a apenas 1% registado por quem foi tratado apenas com quimioterapia. Já um segundo estudo, com 1019 pacientes submetidos à cirurgia e que apresentavam alto risco de retorno do câncer, comprovou que Keytruda melhorou a sobrevida de 72% dos pacientes, após um ano, em comparação a 54% dos tratados com um tratamento simulado.

Para o tratamento de Câncer de pulmão de células não pequenas (NSCLC), o Keytruda apresentou eficácia não só no retardar o agravamento da doença, mas, também, em melhorar a sobrevida dos pacientes. Em um estudo com 1000 doentes previamente tratados, os que foram administrados com o Keytruda isoladamente, tiveram sobrevida de qualidade por 11 meses, três meses a mais dos que os pacientes administrados com docetaxel. O mesmo se aplica a pacientes que testaram para PD-L1: sobrevida de 15 meses, em média, com 5 meses iniciais sem piora da doença. Já em um estudo com 305 pacientes, Keytruda foi responsável pela sobrevida por 10 meses sem agravamento da doença, contra apenas 6 meses de pacientes que receberam quimioterapia à base de platina.

Já para Linfoma de Hodgkin, Keytruda foi testado em um estudo com 210 doentes e aumentou a sobrevida dos pacientes - sem regressão da doença - por cerca de 11 meses. Na pesquisa, o Keytruda foi responsável pela remissão total ou parcial do tumor em 145 pacientes (69%); além de uma remissão completa em 47 (22%). O mesmo sucesso do medicamento se aplica ao tratamento de Câncer urotelial: o Keytruda foi testado em um estudo com 370 pacientes - que não podiam receber tratamento com medicamentos contendo cisplatina, como a quimioterapia - e foi responsável pela remissão completa ou parcial em 108 pacientes (29%), bem como uma remissão completa em 30 (8%).

Destaque também para o tratamento de Câncer de cabeça e pescoço: Keytruda participou de um estudo com 495 pacientes em que o câncer se espalhou ou voltou. Pacientes com altos níveis de PD-L1 sobreviveram, em média, 11,6 meses, 5 meses a mais em comparação aos que receberam outros tratamentos considerados padrão contra o câncer (6,6 meses). Por último, para tratamento de Cancêr de rins, Keytruda foi testado em um estudo com 861 pacientes. Em combinação com o medicamento que continha a substãncia ativa axitinib, os pacientes sobreviveram cerca de 15 meses sem agravamento da doença, 4 meses a mais em comparação a quem recebeu outro tipo de tratamento. A melhora da sobrevida também é considerável: após 18 meses, 81% dos pacientes que receberam a combinação com Keytruda permaneciam vivos, contra 71% de quem foi administrado com outro medicamento.